Metade dos danos ambientais que o país provoca é devido ao gás carbônico. (Eugene Hoshiko/03.03.2009/AP)
Se todos os países do mundo utilizassem os recursos naturais e produzisse os resíduos no mesmo nível que a China, o planeta Terra teria que ser pelos menos duas vezes maior para que esse crescimento pudesse ser mantido. Essa é a conclusão de um relatório apresentado nesta segunda-feira (15) pela WWF, ONG (organização não governamental) que atua em favor das causas ambientais.
De acordo com o documento, apresentado pelo diretor-geral da WWF, James Leape, é "crucial" que a China enfrente problemas como as emissões de dióxido de carbono e o acelerado desenvolvimento urbano.
- Isso deve ser feito para melhorar seu bem-estar sem causar danos ao planeta.
O relatório assinala que setores como a construção e o transporte, associados ao avanço do nível de vida no país, contribuíram em grande medida para que as emissões de CO2 (gás carbônico) da China atingissem o patamar de 54% do impacto ecológico nacional.
Se mantiver esse crescimento, o país vai precisar do dobro de seu solo produtivo para satisfazer a demanda de recursos naturais e absorver suas emissões.
A renda per capita chinesa aumentou 50 vezes nas últimas três décadas, algo que foi acompanhado pela rápida industrialização, desenvolvimento urbano e intensificação da agricultura, o que aumentou a pressão sobre a natureza.
Para elaborar o relatório, a WWF contou com a colaboração do Conselho Chinês para a Cooperação Internacional em Meio Ambiente e Desenvolvimento, cujo secretário-geral, Zhu Guangyao, ressaltou em sua apresentação que "os próximos 20 anos serão vitais para que China alcance um desenvolvimento sustentável".
A China é o maior emissor mundial de gás carbônico. Apesar disso, o país defende que a luta contra a mudança climática deve partir das nações desenvolvidas, por sua responsabilidade histórica no aquecimento global.
Ainda assim, o governo chinês prometeu diminuir sua intensidade de carbono entre 40% e 45% em 2020 com relação aos níveis de 2005. Isso é interpretado pela comunidade internacional como um passo importante na defesa do meio ambiente, mas talvez não seja suficiente para sustentar o desenvolvimento chinês sustentável.
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Postado por Elizângela Lemes.
Fonte: R7/EFE
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