quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Ribas tem árvore de natal com 3.500 garrafas plásticas



Com a proximidade das festas natalinas, Ribas do Rio Pardo, município do Mato Grosso do Sul que se destaca no Brasil por sua imensa extensão territorial e sua força na economia da cadeia produtiva da madeira e agropecuária, já começou a receber uma decoração especial para o natal 2010.

O “Projeto natal de Cores: Arte e Luz dos Ipês” da inovou nesse ano e um item chama a atenção dos moradores e visitantes da cidade: uma árvore de natal ecológica gigante, montada com 3.500 garrafas plásticas no centro da cidade, mais precisamente na Avenida Aureliano Moura Brandão.

“Esse ano, em nossa ecoficina do Projeto, nos reunimos com o prefeito Roberson Moureira, e decidimos que vamos focar ainda mais a questão ecológica, mostrando à população mais uma vez as opções de reaproveitamento de materiais recicláveis”, explicou a gerente do núcleo de Cultura, a arquiteta Maria Jeni.

A exemplo do que foi feito em 2009, ano em que o projeto foi lançado, todo o trabalho que está sendo realizado envolve toda os setores da sociedade, principalmente os alunos das escolas públicas, que desenvolvem atividades voltadas para conscientização, ensinando que desde pequenos é preciso ter compromisso ético e responsabilidade sócio-ambiental.

Serviço

Para aqueles que querem contribuir com o “Projeto natal de Cores: Arte e Luz dos Ipês” oferecendo sugestões ou até mesmo juntando materiais recicláveis que serão usados na confecção dos enfeites, é só entrar em contato com a Gerência do Núcleo de Cultura pelos telefones (67) 3238-3166 ou 9902-1078.

Fonte: http://ensaiogeral.com.br/2010/11/ribas-tem-arvore-ecologica-de-natal-com-3-500-garrafas-plasticas/

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Saiba quais são os principais temas de negociação durante a COP-16

DA FRANCE PRESSE

A 16ª Conferência das Partes da Convenção do Clima da ONU começou nesta segunda-feira em Cancún, no México, com a ambição de dar impulso e credibilidade a difíceis negociações, após a decepção de Copenhague, há um ano.

Tropas do exército e policiais mexicanos, apoiados por três navios de guerra, participam do esquema de segurança em torno ao hotel Moon Palace, um complexo em frente ao mar, onde está sendo realizada a conferência que encerra somente em 10 de dezembro.

Veja a lista dos principais temas na mesa de negociação durante a conferência em Cancún, no México, sobre mudanças climáticas:

1. Redução das emissões de gases de efeito estufa devido ao desmatamento (20% do total)
Cancún pode tornar efetivo o mecanismo Redd+, que consiste em pagar compensações financeiras aos países que reduzirem o desmatamento ou a degradação de suas florestas. A Conferência de Copenhague conseguiu praticamente um acordo, mas faltam questões complexas por definir, como o financiamento deste ambicioso dispositivo.

2. Fundo Verde
Os países industrializados se comprometeram em Copenhague a mobilizar US$ 100 bilhões por ano até 2020 para alimentar este fundo, iniciativa do México, destinado aos países mais pobres. Mas sua gestão é objeto de debate: os países em desenvolvimento querem que dependa da ONU, enquanto outros, como Estados Unidos, pedem que goze de maior independência.

3. Fixar os compromissos de redução de emissões de gases de efeito estufa
Segundo o Acordo de Copenhague, os países industrializados e as nações em desenvolvimento submeteram à Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (CMNUCC) seus objetivos e ações em termos de cortes de emissões de CO2 até 2020. Estas promessas não têm caráter vinculativo e a conferência de Cancún deverá buscar uma fórmula jurídica para fixá-las legalmente. Apesar de tudo, as promessas feitas até agora são insuficientes para limitar a 2º C a alta da temperatura média do planeta.

4. Verificação dos compromissos alcançados
O controle dos esforços realizados para reduzir as emissões de CO2 é um dos temas mais espinhosos da negociação. A China, principal emissor mundial, é particularmente reticente ao controle exterior de seus planos climáticos, um aspecto no qual, entretanto, insiste outro grande emissor, Estados Unidos.

5. Protocolo de Kyoto
Os países em desenvolvimento se preocupam com a falta de atenção dedicada a um eventual segundo período de compromissos sob o Protocolo de Kyoto, cuja primeira etapa expira no final de 2012. Ante a dificuldade para concluir um novo tratado vinculativo, estes países insistem em conservar o único instrumento legal existente que impõe obrigações cifradas em matéria de emissões de gases de efeito estufa aos países industrializados (com exceção dos Estados Unidos, que nunca o ratificou).

6. Mecanismos de transferência de tecnologia
Trata-se de ajudar os países mais vulneráveis a ter acesso às tecnologias que permitem reduzir as emissões de CO2 (energias renováveis, por exemplo) e adaptar-se aos inevitáveis impactos das mudanças climáticas. Cancún poderia aprovar a criação de um comitê sobre tecnologia, que seria responsável por centralizar e divulgar esta informação.

domingo, 28 de novembro de 2010

Brasileiros fazem doações para salvar a Mata Atlântica

Um acontecimento extraordinário que poderá ficar na história da luta para salvar a natureza do Brasil: pela primeira vez conseguimos sensibilizar as pessoas para nos ajudar a salvar a Mata Atlântica com doações para comprarmos as matas bem preservadas que ainda restam.

São doadores brasileiros que acreditaram no nosso esforço e perceberam a urgência para salvar a Mata Atlântica que está sendo aniquilada.

Com esta ajuda financeira de doadores brasileiros foi possível adquirir nas cabeceiras do rio Itajaí, em Itaiópolis (SC), mais 300 hectares de Mata Atlântica preservadíssima aumentando para 800 hectares a área protegida, parte da qual já foi transformada em Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) . Começamos um naco de 2 hectares, nossa primeira singela aquisição, mas riquíssima em formas de vida.

A área adquirida abriga dezenas de espécies de aves e mamíferos ameaçados de extinção. Árvores centenárias raras e também ameaçadas de extinção. Muitos quilômetros de matas ciliares foram salvas. Clique aqui para ver as imagens deste paraíso que estamos salvando

A maior parte dos recursos foi doada pela IUCN da Holanda, através de projeto submetido. A segunda maior contribuição foi nossa (particular), com recursos de nossas economias.

A dificuldade para comprar esta área foi muito grande. Conseguir o dinheiro foi apenas uma das etapas a serem vencidas. Se não fosse a gente ter conseguido mobilizar tantas pessoas esta área não estaria mais verde na próxima atualização do Google Earth. Por pouco não perdemos para os investidores em reflorestamento de eucalipto e pinus.

O impressionante empenho da Elza em conseguir mobilizar todas estas pessoas foi decisivo. Um parceiro importante nesta aquisição foi o representante legal da indústria madeireira proprietária do terreno, que deu preferência de compra para nós e manteve o preço combinado por mais de um ano, tempo que levou para acertar a papelada.

O pai dele, um bem sucedido empresário que morreu em 1978 aos 44 anos, foi de alguma forma responsável por aquela mata preservada estar ainda ali, ter escapada da devastação. Por isso, de forma justa, vamos homenageá-lo com o nome da reserva, que vai se chamar RPPN “Odir Zanellatto”.

A indústria que o Sr. Odir Zanellato criou agregava valor à principal matéria prima de itaiópolis: a madeira. Produzia portas para apartamentos (era fornecedor de grandes construtoras do Rio e São Paulo) e gerava muitos empregos em Itaiópolis, contribuindo significativamente para o desenvolvimento do Município. Sempre foi uma pessoa muito respeitada e admirada por todos da comunidade.

O apoio da ONG SPVS de Curitiba foi também fundamental na aquisição desta importante mata preservada. A SPVS atuou em sinergia conosco bancando, por exemplo, o aluguel de um carro para o translado do diretor da IUCN/Holanda de Curitiba até a área a ser comprada na fase final de aprovação da doação dos recursos.

Só a sociedade brasileira pode salvar a Mata Atlântica. Este é um projeto piloto que pretendemos dar escala aumentando cada vez mais o tamanho da reserva para dar alguma chance da vida seguir sua jornada. Queremos também que nosso exemplo seja reproduzido em todos os lugares.
Com seriedade e total transparência para dar segurança aos doadores, vamos conseguir cada vez mais adesões e comprar mais áreas de matas preservadas para salvar da extinção muitas espécies de plantas e animais.

Se quiser saber como funciona, CLIQUE AQUI para acessar as informações no site do Instituto Rã-bugio.

Fonte: http://www.portaldomeioambiente.org.br/meio-ambiente-natural/mata-atlantica/6067-brasileiros-fazem-doacoes-para-salvar-a-mata-atlantica.html

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Consciência Ambiental - Árvores históricas ganham espaço no Parque Laucidio Coelho

Com a finalidade de preservar o patrimônio ambiental de Campo Grande (MS), a Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul realizou na manhã desta quinta-feira (18), um ato simbólico de demolição de algumas construções de alvenaria, situadas no Parque de Exposições Laucídio Coelho. A iniciativa visa dar mais visibilidade a cerca de 13 árvores centenárias. Ao todo serão derrubados 600 metros quadrados de obra.
O projeto da Acrissul (Associação de Criadores de Mato Grosso do Sul), que prevê a revitalização completa do local, surgiu após a emissão de um laudo feito por engenheiros e botânicos. O levantamento comprovou que o concreto estava atrapalhando as figueiras de aproximadamente 80 anos.
Na área ficavam os estandes dos expositores, entre eles o da Real H, que deu seu apoio à iniciativa da diretoria da associação. Uma equipe da empresa esteve presente no ato simbólico de demolição das construções.
“A Real H é uma empresa extremamente preocupada com a preservação ambiental e com as questões ligadas à sustentabilidade, portanto, mesmo estando há mais de 15 anos com um estande naquela área do parque, nós concordamos com a derrubada do prédio. Acreditamos que a medida é por uma causa justa que visa, sobretudo, a preservação ambiental”, comentou o gerente de publicidade e propaganda, Devvy Howard.
 A Empresa indústria Real H é uma entidade que buscou alternativa para solucionar uma parte da poluição. Existe desde o ano de 2006 um projeto para arrecadação de reciclagem, o Projeto Ciclos. Todos os funcionários são convidados a levar todo o lixo que pode ser reciclado, quem faz isso participa do programa interno que garante pontos. Quem obter mais pontos ganhara prêmios. Mais de cem mil toneladas já foram arrecadadas.

De acordo com o responsável da idéia do projeto Ciclos Mario Renck Real, a atitude visa  qualidade de vida de toda a sociedade, além de ajudar o meio ambiental a sociedade em geral é beneficiada. Até gasolina para viaturas de policia já conseguiu comprar com ajuda do projeto ciclos.
E assim que a idéia se desenvolve meio ambiente e sociedade ganhando juntos.

Acompanhe também o vídeo da Tv Record MS:

terça-feira, 23 de novembro de 2010

"Fazer algo" pela sustentabilidade já não é mais um diferencial. É uma premissa.

O termo "sustentabilidade" está na moda, e não é para menos. No ramo empresarial ele começa a ganhar força, como no final da década de 90 ganhou força as ações de marketing social. As empresas, sentindo que o novo apelo a ser explorado diate do consumidor era o sentimental, passaram a adotar medidas que normalmente contam com a aceitação das pessoas, e raramente se deparam com alguma rejeição.

Nesse contexto, a edição 2010 da pesquisa "Futuro Sustentável" realizada pelo grupo Havas apontou que em relação ao trabalho feito em 2009, a pesquisa indica que a preocupação do brasileiro com o assunto aumentou. No levantamento atual, 58% dos entrevistados daqui disseram estar mais atentos, um aumento de nove pontos percentuais.

De acordo com esse estudo, que ouviu 30 mil pessoas por meio de sondagem pela internet, 60% dos habitantes daqui têm a visão de que as companhias podem lidar melhor com problemas socioambientais do que o governo.

Sobre o papel das empresas, na análise global, 76% dos consultados (contra 70% em 2009) colocam nas companhias – e não nos governos – a responsabilidade por medidas sustentáveis e sociais. Mas 68% entendem que as corporações somente falam de sustentabilidade para melhorar a imagem. Esse índice entre os brasileiros é significativamente menor: 23%. Ou seja, aqui a população acredita de fato na comunicação acerca da sustentabilidade realizada pelas empresas.

Se a avaliação for pelo outro lado, o do envolvimento governamental, nós somos céticos. Dos brasileiros, 40% não acreditam que o poder público possa resolver problemas nesse campo. Para os consultados dos demais países, o percentual de descrença é mais baixo, 21%. Portanto, ainda há um índice relativamente alto de brasileiros que não confiam na capacidade do governo de atuar no problema socioambiental.

Esse índice pode ser confirmado pelo alto número de votos obtidos pela candidata a presidente do Brasil, a senadora Marina Silva, do PV, sendo a candidata e o partido de pouca tradição política em nosso país. O número de eleitores a cima do esperado pelo próprio partido é uma amostra da baixa credibilidade do governo atual quanto a sua real capacidade de atuar nessa frente.

Um dado importante da pesquisa mostra que além de depositar sua fé nas empresas, os brasileiros gostam de premiar as companhias, mais do que as demais populações. Essa disposição é encontrada em 90% dos entrevistados, enquanto que o índice global ficou em 80%. De todos os brasileiros ouvidos, 82% puniram de algum modo as corporações que não adotam práticas socioambientais – no restante do mundo o percentual ficou em 90%. Isso quer dizer que um cultura já consolidada pelo mundo começa a se tornar rotina também no Brasil.

Em matéria sobre o tema exposto em 18 de novembro/2010 na m&m online, "perguntado se, diante de tais números, o brasileiro é mais bonzinho, o coordenador do trabalho no País, André Zimmermann, CEO da Havas Digital Brasil, prefere dizer que o público é menos crítico. “Parte dos resultados tem mais a ver com a maturidade dos mercados desenvolvidos. Nesses lugares, a população é mais exigente porque o ‘fazer algo’ deixou de ser um diferencial”, explica."

Entre os temas sondados está o desempenho das marcas. Os brasileiros citaram espontaneamente a Natura como a empresa mais ligada à sustentabilidade, com 27% das respostas. Em segundo lugar ficou a Petrobras (22%). Nestlé (15%), Vale (14%) e Banco Real e Bradesco (9% cada) vêm em seguida. Nota-se que a comunicação com o público, inclusive no rótulo dos produtos, é um fator positivo na formação de opinião e fortalecimento do valor agregado de uma marca.

Segundo a matéria publicada, "para Hernan Sanchez, CEO da Havas Intelligence e coordenador do estudo mundial, os resultados demonstram que as corporações ganham importância e valor aos olhos do consumidor caso estejam efetivamente comprometidas com a sustentabilidade. Os pesquisadores perguntaram se os entrevistados ficariam preocupados com o desaparecimento de uma companhia no futuro. - Eles não se incomodariam se dois terços das marcas globais sumissem. Mas descobrimos também uma forte relação entre as marcas e a sustentabilidade, sugerindo que quanto mais sustentável ela for, mais importante ela será para o consumidor - alerta. Por isso, Sanchez salienta: - Quando uma empresa se preocupa com as pessoas, a sociedade, o planeta e contribui para fazer a diferença, ela redefine sua relação com o público".

A pesquisa “Futuro Sustentável 2010” avaliou também o engajamento dos consumidores. O público foi classificado em cinco perfis, conforme a relação do entrevistado com o tema da sustentabilidade: dedicados, passivos, céticos, descompromissados e críticos. Os resultados apontam que os desinteressados diminuíram. O perfil que mais cresce é o dos dedicados.

Os devotados são 46% dos brasileiros, um aumento de 10% sobre o número de 2009. Os passivos são 17%, mesmo índice da edição anterior. Os críticos correspondem a 16%, uma alta de 2%. Os céticos e os descompromissados respondem por 11%.

Portanto, quem tem ouvidos para ouvir, ouça os anseios e expectativas do consumidor.

Fonte:http://www.portaldomeioambiente.org.br/meio-ambiente-empresarial/6021-qfazer-algoq-pela-sustentabilidade-ja-nao-e-mais-um-diferencial-e-uma-premissa.html

Postado por Adriana Queiroz

domingo, 21 de novembro de 2010

Vídeo mostra riquezas, impactos e alternativas para o Pantanal

Por Geralda Magela
Imagine um grande prato de sopa que enche de água e transborda no período de chuva, depois vai esvaziando aos poucos na estação seca e volta a encher de novo.  Essa imagem pode ser usada para entender melhor o que é o Pantanal, um ecossistema único, rico e ao mesmo tempo ameaçado, situado no coração do Brasil, na Bolívia e no Paraguai.
A riqueza ambiental do Pantanal, sua biodiversidade e paisagens únicas fazem parte do vídeo sobre o Pantanal produzido pelo WWF-Brasil, em parceria com o WWF-Bolívia.
O vídeo de 6 minutos mostra também os impactos que a região vem sofrendo e os projetos e alternativas de produção sustentável que o WWF apoia no  Brasil e na Bolívia para conservar o Pantanal. Entre eles, a pecuária orgânica certificada, monitoramento de impactos, educação ambiental, ordenamento territorial, áreas protegidas públicas e privadas.
O Pantanal é a maior área úmida do Planeta e sua importância ambiental ultrapassa as fronteiras dos três países que o abrigam. Paisagem em constante movimento, é justamente esse ciclo das águas o responsável pela riqueza do Pantanal.
Quando o “prato” se enche e transborda formam-se grandes alagados, encharcando e nutrindo o solo com água e material orgânico, trazidos junto com a inundação. Quando esvazia, também mostra sua exuberância e forma o ambiente ideal para a  uma grande variedade de  plantas e animais que encontram ali  as condições ideais para viver, reproduzir e se perpetuar.
No entanto, se diminuir ou aumentar em excesso a quantidade de água ou se a água carregar muitos sedimentos, o processo de inundação fica prejudicado e o Pantanal também. “A sobrevivência do Pantanal rico e biodiverso depende desse ciclo das águas. Por isso, qualquer mudança ou impacto nas partes altas da Bacia Hidrográfica do Alto Paraguai, onde estão as nascentes,  têm reflexos no Pantanal”, destaca  o coordenador do Programa Pantanal do WWF-Brasil, Michael Becker.


Desde 1998, WWF-Brasil e WWF-Bolívia vêm atuando com projetos de conservação no Pantanal, com uma visão transfronteiriça, olhando a bacia como um todo e em articulação com parceiros locais.  A escolha do bioma como uma de suas áreas prioritárias de atuação da ONG deve-se ao reconhecimento da importância do Pantanal para a conservação da biodiversidade.


Patrimônio natural
O Pantanal ocupa uma área de 158.592 quilômetros quadrados, mas a Bacia Hidrográfica do Alto Paraguai, responsável pela sua formação, é muito maior. Ao todo, a bacia transfronteiriça abrange uma área de 624.320 km2, sendo aproximadamente 62% no Brasil, 20% na Bolívia e 18% no Paraguai, com recursos hidrológicos importantes para o abastecimento das cidades, onde vivem aproximadamente três milhões de pessoas.
Existem registros de pelo menos 4.700 espécies, incluindo plantas e vertebrados. Desse total, entre as quais estão 3.500 espécies de plantas (árvores e vegetações aquáticas e terrestres), 325  peixes, 53 anfíbios, 98 répteis, 656 aves  e 159 mamíferos. 

A importância ambiental da maior área úmida continental teve o seu reconhecimento a partir de 1998, quando o bioma foi decretado Patrimônio Nacional, pela Constituição brasileira. Em 2000, o Pantanal recebeu o título de Reserva da Biosfera pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A importância das áreas úmidas
As áreas úmidas existem em todos os tipos de ecossistemas e são importantes para a manutenção da biodiversidade de regiões importantes. Situadas em uma interface entre a água e o solo, são ecossistemas complexos, pressionados não somente pela ação direta do homem, mas também pelos impactos sobre ecossistemas terrestres, marinhos e de água doce adjacentes.
As áreas úmidas abrigam uma enorme variedade de espécies endêmicas, mas, também, periodicamente, espécies terrestres e de águas profundas e, portanto, contribuem substancialmente para a biodiversidade ambiental. Além disto, têm papel importante no ciclo hidrológico, ampliando a capacidade de retenção de água da região onde se localiza, promovendo o múltiplo uso das águas pelos seres humanos.
Desenvolvimento Sustentável
O vídeo mostra não somente esse patrimônio natural que é o Pantanal, mas também a sua fragilidade, reforçando a necessidade de mantê-lo conservado. Ao mesmo tempo, aponta a importância de fomentar atividades econômicas - como a pecuária orgânica certificada, o turismo e a pesquisa científica, o artesanato sustentável - que garantam o desenvolvimento socioeconômico de sua gente sem destruir todo esse patrimônio.
Estudo mostra maior impacto na parte alta da Bacia
Estudo realizado pelo WWF-Brasil em parceria com ONGS que atuam no Pantanal brasileiro mostra que a planície inundável, onde está o Pantanal, ainda está bem conservada, com 86,6% da sua cobertura vegetal natural. A situação é bem diferente na parte alta da bacia hidrográfica, onde apenas 41,8% da vegetação natural permanecem com sua formação original.
O estudo denominado Monitoramento das Alterações da Cobertura Vegetal e Uso do Solo na Bacia Alto Paraguai foi realizado por um consórcio de ONGs, entre elas o  WWF-Brasil. O objetivo  do estudo lançado em maio de 2010 foi fazer uma análise detalhada das mudanças de cobertura vegetal e uso do solo, ocorridas na Bacia do Alto Paraguai no período de 2002 a 2008.

O mapa também registrou um percentual maior de desmatamento no planalto da BAP. De 2002 a 2008, o lado brasileiro da BAP, onde está o Pantanal, teve uma perda de 4% de sua vegetação natural, contra 2,4% da planície.
Confira o vídeo aqui.
Fonte: http://www.portaldomeioambiente.org.br/meio-ambiente-natural/pantanal/6014-video-mostra-riquezas-impactos-e-alternativas-para-o-pantanal.html

Postado por Adriana Queiroz

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Se mundo crescesse como a China, Terra deveria ter o dobro do tamanho para ser sustentável

Metade dos danos ambientais que o país provoca é devido ao gás carbônico. (Eugene Hoshiko/03.03.2009/AP)

Se todos os países do mundo utilizassem os recursos naturais e produzisse os resíduos no mesmo nível que a China, o planeta Terra teria que ser pelos menos duas vezes maior para que esse crescimento pudesse ser mantido. Essa é a conclusão de um relatório apresentado nesta segunda-feira (15) pela WWF, ONG (organização não governamental) que atua em favor das causas ambientais.
De acordo com o documento, apresentado pelo diretor-geral da WWF, James Leape, é "crucial" que a China enfrente problemas como as emissões de dióxido de carbono e o acelerado desenvolvimento urbano.
- Isso deve ser feito para melhorar seu bem-estar sem causar danos ao planeta.
O relatório assinala que setores como a construção e o transporte, associados ao avanço do nível de vida no país, contribuíram em grande medida para que as emissões de CO2 (gás carbônico) da China atingissem o patamar de 54% do impacto ecológico nacional.
Se mantiver esse crescimento, o país vai precisar do dobro de seu solo produtivo para satisfazer a demanda de recursos naturais e absorver suas emissões.
A renda per capita chinesa aumentou 50 vezes nas últimas três décadas, algo que foi acompanhado pela rápida industrialização, desenvolvimento urbano e intensificação da agricultura, o que aumentou a pressão sobre a natureza.
Para elaborar o relatório, a WWF contou com a colaboração do Conselho Chinês para a Cooperação Internacional em Meio Ambiente e Desenvolvimento, cujo secretário-geral, Zhu Guangyao, ressaltou em sua apresentação que "os próximos 20 anos serão vitais para que China alcance um desenvolvimento sustentável".
A China é o maior emissor mundial de gás carbônico. Apesar disso, o país defende que a luta contra a mudança climática deve partir das nações desenvolvidas, por sua responsabilidade histórica no aquecimento global.
Ainda assim, o governo chinês prometeu diminuir sua intensidade de carbono entre 40% e 45% em 2020 com relação aos níveis de 2005. Isso é interpretado pela comunidade internacional como um passo importante na defesa do meio ambiente, mas talvez não seja suficiente para sustentar o desenvolvimento chinês sustentável.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Prejuízos com desastres naturais podem triplicar até 2100

Os prejuízos globais decorrentes de desastres naturais podem triplicar até 2100, chegando a US$ 185 bilhões por ano --isso sem levar em conta os impactos pela mudança climática--, segundo relatório da ONU e do Banco Mundial.
O texto diz que a população ameaçada por terremotos e tempestades em grandes cidades pode passar de 750 milhões para 1,5 bilhão nos próximos 40 anos. Algumas medidas preventivas poderiam reduzir os danos decorrentes, afirma o estudo, citando como exemplo o sucesso de Bangladesh na construção de proteções contra ciclones.
As medidas sugeridas variam de melhorias na meteorologia até a pintura de pontes metálicas, para conter a corrosão, ou a limpeza de bueiros para evitar inundações.
"Prevenir mortes e destruição por desastres vale a pena, se for bem feito", diz o relatório de 250 páginas, preparado por 70 especialistas, sob o título: "Riscos naturais, desastres não-naturais".
Os prejuízos decorrentes dos desastres naturais, o que inclui inundações, terremotos e ondas de calor, entre outros, devem triplicar. "Há crescimento econômico [...] e mais gente e propriedades localizadas em áreas mais ricas. Quanto mais as pessoas enriquecem, mais elas têm a perder", disse por telefone Apurva Sanghi, um dos autores do estudo.
O texto diz que os prejuízos decorrentes de desastres naturais causados pelo aquecimento global poderiam acrescentar mais US$ 28 bilhões a US$ 68 bilhões à fatura. O texto não cita dados sobre outras consequências ligadas à mudança climática, como a desertificação ou a elevação do nível dos mares.
Segundo o estudo, cerca de 3,3 milhões de pessoas morreram devido a tragédias naturais nos últimos 40 anos, a maioria em países pobres.
Entre as medidas elogiadas estão a construção de locais com duplas funções, como escolas que podem ser transformadas em abrigos anticiclone em Bangladesh, ou estradas que absorvem águas das chuvas na Malásia.
Outra proposta é a de mais investimentos em "colchões ambientais", como os manguezais, capazes de proteger litorais contra tempestades e tsunamis. Florestas podem evitar deslizamentos e atenuar os efeitos das inundações, acrescenta o texto.
O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, disse que o relatório faz uma "defesa convincente" da necessidade de os países reduzirem sua vulnerabilidade a desastres naturais, liberando recursos para o desenvolvimento econômico.
"As notícias não são de todo sombrias. Bangladesh tem sido extremamente bem-sucedido na redução do número de mortes por ciclones", em parte graças à construção de abrigos nas últimas décadas, disse Sanghi.
Postado por Adriana Queiroz

Dez mil hectares desmatados no Pantanal rendem multas de 20 mi

Texto de Ricardo Campos Jr.

Em apenas 1 semana de fiscalização na região do Pantanal, o Ibama já embargou mais de 5 mil hectares, registrou 10 mil hectares de desmatamento e aplicou cerca de R$ 20 milhões em multa.

A operação acontece junto com as ações dos Guardiões do Pantanal em Coxim e Aquidauana. Por meio de tecnologias como imagens captadas por satélite e técnicas de geoprocessamento, os locais desmatados são mais facilmente encontrados.

“É um salto qualitativo na nossa fiscalização: esse é um instrumento valioso para o planejamento de nossas ações de fiscalização e estamos comprovando a campo os desmatamentos indicados nas imagens de satélite”, afirma Luiz Benatti, chefe da Dipam (Divisão de Proteção Ambiental do Ibama).

Os levantamentos das áreas desmatadas estão sendo feitos nas regiões que mais apresentam terra sem cobertura vegetal captadas pelo satélite do INPE (Instituto de Pesquisas Espaciais).

O foco são as áreas desmatadas com maior extensão. “Mas existem áreas de todos os tamanhos e muitas de menor porte espalhadas por todo o bioma pantanal e o cerrado dentro do Estado” diz Ubirajara dos Santos Pires, coordenador do geoprocessamento dentro do Ibama MS.

O novo equipamento, segundo o Ibama, garante a eficácia da atuação da equipe no Pantanal. A área desmatada na região já chega a 7400 quilômetros quadrados, de acordo com levantamento feito pelo Ministério do Meio Ambiente por meio de monitoramento no bioma do Pantanal.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Ambientalista fez ato de sacrificio pessoal em luta a favor do Pantanal

Texto de Lúcio Borges

Neste sábado (13) completa cinco anos que o ambientalista sul-mato-grossense Francisco Anselmo de Barros, o Francelmo, ficou sem vida em uma manifestação de defesa ao ecossistema do Pantanal. Onde após um ato de imolação, ateando fogo em seu corpo, ele morreu pela causa e luta em favor do Meio Ambiente.

O ato chocou o Estado e o país, como também teve repercursão internacional e resultou em outros protestos ou presão junto aos poderes constituidos e chegou ao objetivo do ato extremo do ambientalista, de barrar a instalação das usinas no Pantanal.

Amanhã, amigos e familiares estarão no local do ocorrido, no calçadão da Rua Barão do Rio Branco, para um ato em homenagem e relembrança ou anúncio do movimento e causa do que o ambientalista lutava e morreu.

Francelmo trocou sua vida pela salvação do Pantanal. Em um gesto corajoso e incompreensível, para alguns, o ambientalista ateou fogo em seu próprio corpo no dia 12 de novembro de 2005, no final da manifestação realizada no centro de Campo Grande contra a quase possível instalação de usinas de álcool em pleno Pantanal.

Para o jovem ambientalista Eduardo Romero, 30 anos, Francelmo sempre se dedicou as questões ambientais, onde motiva muita gente, dando exemplo e estimulando a luta.
“Eu mesmo sempre o admirei e via nele um espelho de dedicação, aprendi muito com ele e se hoje sou ambientalista, ele tem parcela de contribuição nisso. Deu a vida em defesa daquilo que acreditava e sempre alertou os governantes e população sobre o papel de cada um na defesa da vida", declara Romero.

Consciente do que fez
De acordo com Jorge Gonda, presidente da Associação Francisco Ancelmo para Conservação da natureza (Afacon) – antiga Fuconams – Francelmo fez o ato com consciência, o que para muitos o chamaram de louco, mas para quem o conhecia, foi um ato de exemplo de vida e difícil, que não é qualquer um que faz.

“Ele sabia o que fazia, foi o ato ‘final’ dele, um exemplo de vida, difícil de fazer o que ele fez. Não há muitos que tem a coragem e o exemplo de vida que ele deixou. Para quem o conhecia, sua vida era a defesa do Meio ambiente acima de qualquer coisa”, relata o presidente.

Gonda, relembra que ele participou da manifestação tranqüilamente e não deixou transparecer em momento algum que iria entregar sua vida para salvar o Pantanal. O ambientalista de 65 anos deixou várias cartas para amigos, familiares e à imprensa justificando seu ato e pedindo que todos continuassem seu luta.

Apesar de ter cometido o ato durante a manifestação das usinas de álcool no Pantanal, Francelmo deixou claro em suas cartas que cometeu este protesto por toda causa ambiental.

Todo o ambiente
Em sua carta à imprensa cita os transgênicos, a transposição do São Francisco, as queimadas na Amazônia e a destruição do Pantanal com a implantação da hidrovia Paraguai-Paraná, de pólos minero-siderúrgico e gás químicos.

“O espírito dele está junto de nós e queremos continuar sua luta. Ele foi um homem, corajoso, amigo, honesto, ético e morreu lutando pela vida. Agora resta para todos, além da imensa saudade, continuar sua luta”, define Gonda.

Pioneirismo
Francisco Anselmo de Barros foi fundador e presidente da Fuconams (Fundação para Conservação da Natureza de Mato Grosso do Sul), uma das primeiras entidades de defesa do meio ambiente do país, foi articulador da criação e conselheiro da A.M.E. (Associação Mato-Grossense de Ecologia), primeira entidade ambientalista do Estado de Mato Grosso, membro fundador do Conama (Conselheiro Nacional de Meio ambiente) e do CECA (Conselho Estadual de Controle Ambiental).

Em seu currículo estão ainda cargos no CMMA (Conselho Municipal de Controle Ambiental), membro da Abrajet (Associação Brasileira dos Jornalistas de Turismo), da ADESG (Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra), diretor executivo da Editora Saber Ltda, diretor executivo da Associação de Fomento e apoio às Artes e a Cultura em Geral.

Foi filiado ao Fórum Brasileiro de ONGs (FBOMS), a Associação Brasileira de ONGs e participante da Coalizão Rios Vivos, Rede Pantanal, Rede de Ongs da Mata Atlântica, Rede Aguapé de Educação Ambiental, Rede Cerrado e coordenador do Fórum de Meio Ambiente e Desenvolvimento de Mato Grosso do Sul e do Fórum de Defesa do Pantanal.

Serviço
O ato ocorre a partir das 9h no calçadão da Barão, quase esquina com a Rua 14 de Julho.
http://www.midiams.com.br/site/geral/?id=15506

Saiba mais no Texto de Alexandre Maciel e Yara Medeiros, com a colaboração de Allison Ishy, jornalistas de Campo Grande em http://www.ecolnews.com.br/a_vitoria_de_francelmo.htm

Postado por Adriana Queiroz

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Mudança climática provoca bolhas de queimaduras em baleias, diz estudo

TEXTO DE ANDY COGHLAN DA "NEW SCIENTIST"

As baleias da Califórnia (EUA) estão começando a sofrer de um mal: bolhas de queimaduras provocadas pelos raios solares.

Pesquisadores que acompanharam os cetáceos durante três anos afirmam que a radiação ultravioleta (UV) e o dano à camada de ozônio são a causa do problema.

As baleias se queimam quando saem das águas para descansar ou para alimentar suas crias.

                                                              Crédito Foto: Diane Gendron/AP
 Imagem de baleia no golfo da Califórnia, nos Estados Unidos,
mostra bolhas de queimaduras na pele do animal

"Esta é a primeira evidência que o raio ultravioleta pode lesar a pele dos cetáceos, mas é difícil dizer qual será o impacto na saúde delas", explica Laura Martinez-Levasseur, do Instituto de Zoologia e da Universidade de Londres Queem Mary, ambos no Reino Unido.

Entre 2007 e 2009, a pesquisadora e equipe estudaram espécies diferentes de baleias, realizando autópsica da pele de 142 animais. As baleias-azuis são as que mais sofrem com a exposição solar --não foram encontrados sintomas mais graves como a presença de melanomas (câncer de pele) ou de outros tipos de doenças decorrentes do sol.

O estudo, entretanto, é posto em dúvida por alguns meteorologistas consultados pela "New Scientist". "Eu seria mais precavido sobre a correlação com o esgotamento da camada do ozônio", comenta Guus Velder da Agência Ambiental da Holanda.

A pesquisa agora parte para outra fase: Martinez-Levasseur e colegas querem descobrir se há aumento na atividade genética dos cetáceos como meio de se protegerem contra a UV.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Para 80% dos brasileiros, proteger o ambiente ajuda no crescimento da economia

Foi lançado esta semana o relatório “Cidadãos engajados!” (Citizens Engage), . A mensagem é clara: os cidadãos acreditam que as empresas precisam levar em conta a Amazônia e o meio ambiente em suas atividades.
Trata-se da quarta edição da pesquisa “Edelman goodpurpose®Study 2010″, pesquisa feita em 13 países com 7 mil consumidores. De acordo com o relatório, 71% dos consumidores em todo o mundo – 79% no Brasil – acreditam que projetos que protejam o meio ambiente podem ajudar no crescimento da economia.
Além disso, a pesquisa mostra que “Proteger o meio ambiente” foi considerada a causa número 1 sobre o que os consumidores se preocupam, seguido por “melhorar a qualidade dos cuidados de saúde”.
De acordo com o estudo, consumidores dos mercados emergentes – Brasil, China, Índia e México – estão mais propensos a comprar e promover produtos de marcas que tenham compromissos com boas causas.
Oito em cada dez consumidores no Brasil comprariam produtos de empresas consideradas responsáveis social e ambientalmente, uma porcentagem bem mais expressiva do que os consumidores da Europa (54%).
No entanto, a consciência de que empresas têm responsabilidades é alta em todo o mundo. Segundo a pesquisa, 86% dos consumidores acreditam que as empresas devem colocar o mesmo peso dos seus interesses aos interesses da sociedade.
(Fonte: Amazônia.org.br)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Cientistas discutem gases de efeito estufa em Campo Grande

O Simpósio traz à capital renomados cientistas nacionais e internacionais.

Discutir amplamente todos os processos quem envolvem a relação gases de efeito estufa X pecuária de corte, esse é objetivo do Simpósio Internacional sobre Gases de Efeito Estufa na Pecuária de Corte Brasileira (SIGEE) que acontece nos dias 17 e 18 de novembro, na Embrapa Gado de Corte, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, em Campo Grande-MS.

Com o apoio do Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras Tropicais (Unipasto), o Simpósio trará à capital sul-mato-grossense renomados cientistas nacionais e internacionais reunidos com o intuito de organizar uma agenda positiva da atividade pecuária com diretrizes para atenuar seu impacto no meio ambiente.

Para tanto, no dia 17, abertura oficial do SIGEE, no auditório Nelore da Gado de Corte, o painel “Mudanças climáticas globais e a pecuária de corte”, moderado pelo pesquisador da Embrapa Manuel Claudio Motta Macedo, terá presente os especialistas Magda Lima (Embrapa Meio Ambiente) com o “Inventário atual das emissões de GEE da pecuária brasileira, com ênfase em gado de corte“, Bruno José Rodrigues Alves (Embrapa Agrobiologia) com as “Emissões de óxido nitroso por diferentes fontes de nitrogênio em solos agrícolas” e João Luis Carvalho (CENA-USP) e a “Determinação das emissões de GEE na pecuária de corte e estratégias de mitigação”.

A seguir, o pesquisador Roberto Giolo, coordena a mesa-redonda “Sequestro de carbono e a pecuária de corte” com a participação dos também cientistas Cimélio Bayer (Universidade Federal do Rio Grande do Sul/UFRGS) e a “Retenção de carbono na matéria orgânica do solo”, Robert Boddey (Embrapa Agrobiologia) e o “Potencial de acúmulo de carbono e N em sistemas de ILP no Cerrado” e Ricardo Vianna (Consultor PNUD) e as “Mudanças climáticas globais, IPCC e MDL”.

Na quinta-feira, dia 18, Lucimara Chiari, doutora em biotecnologia vegetal, dirige um “Balanço de Carbono e a pecuária de corte”, com Alexandre Berndt (Embrapa Pecuária Sudeste) e a “Mensuração das emissões de gases em ruminantes em pastejo”, Jean Ometto (Instituto de Pesquisas Espaciais/INPE) e a “Mudança de uso da terra ligada à pecuária de corte”, Enrique Ortega Rodriguez (Unicamp) e o “Balanço energético e a dinâmica dos gases de efeito estufa na pecuária de pasto no Pantanal” e Luiz Gustavo Barioni (Embrapa Informática Agropecuária) e a “Modelagem matemática das emissões de GEE na pecuária”.

Logo após, o especialista da Embrapa em sistemas silvipastoris, Valdemir Laura, modera o último painel do Simpósio – “GEE e a pecuária de corte – Visão Internacional”, com os pesquisadores Judith Capper (Washington State University/EUA) e a “Produção de GEE e intensidade de produção”, P. K. Nair (Universidade da Flórida/EUA) com o “Papel dos sistemas agroflorestais e produção de carne na emissão de GEE” e Adrian Williams (Universidade de Cramfield/Reino Unido) e a “Avaliação de ciclo de vida de alimentos – O caso da carne brasileira”.

“Todos os assuntos relativos ao tema estão sendo abordados, desde a produção (Alexandre Berndt) e a modelagem de produção de metano (Luis Gustavo Barioni), passando pela forragem, pelo solo até a questão de mudança de uso de terra e a avaliação ampla da produção. A programação como um todo é um destaque”, afirma um dos coordenadores científicos do SIGEE e pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Sergio Raposo de Medeiros. Dentre os parceiros, além do CNPq e Unipasto, Raposo ressalta a colaboração dos Laboratórios Virtuais da Embrapa no Exterior (Labex).

As inscrições para o Simpósio estão abertas. Para acadêmicos o custo da inscrição está em R$ 150,00 e profissionais, R$ 300,00. Todo processo é realizado diretamente no Portal do Simpósio, http://sigee.cnpgc.embrapa.br/. O participante preenche o formulário, efetua o pagamento, por depósito bancário (Banco do Brasil/Agência 2883-5/Conta 12681-0) e envia uma cópia do comprovante para o endereço eletrônico, unipasto@unipasto.com.br, ou pelo fax (61) 3274-0784.

Postado por Elizângela Lemes

Fonte: MS Notícias

Poluição de fábricas aumenta risco de doença de Parkinson

Emissões de manganês e cobre são as mais perigosas.(Getty Images)
Cientistas americanos descobriram que pessoas que vivem em áreas com altos níveis de poluição de manganês apresentam risco 78% maior de desenvolver doença de Parkinson do que aquelas que vivem em áreas livres dessa poluição. Altos níveis de cobre também elevam os riscos em 11%.
Para realizar o estudo, os pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, avaliaram as emissões de diversas fábricas, mas apenas de áreas urbanas, segundo o professor de neurologia Allison Willis Wright, autor do estudo.
- Desde 1988, qualquer indústria que libera mais do que uma quantidade pré-definida de qualquer um dos 650 produtos químicos no meio ambiente tem de comunicar suas emissões a um órgão do governo. Usamos esses dados para construir uma relação de áreas com altos níveis de manganês, cobre e poluição por chumbo em comparação a regiões com pouca ou nenhuma liberação desses elementos.
Após identificar 35 mil pacientes de Parkinson nas áreas escolhidas, os pesquisadores observaram que, nas regiões com pouca ou nenhuma poluição de manganês, cobre ou chumbo, 274 novos casos do mal de Parkinson por 100 mil pessoas. Nas áreas com alta poluição de manganês, esse número subiu para 489,4, e em áreas com níveis altos de cobre, aumentou para 304,2.
O estudo não encontrou relação entre as emissões de chumbo e um aumento significativo de Parkinson. No entanto, Willis afirma que vários estudos anteriores já fizeram essa relação. Ela especula que outras fontes de chumbo, além das emissões industriais – como a contaminação da água - pode ter uma influência mais forte sobre o risco do mal de Parkinson.
Apesar desses resultados, a pesquisadora afirma que não há um só grupo industrial que seja o vilão.
- O manganês, cobre e chumbo são liberados por várias indústrias, como tabaco, alimentos, bebidas, produtos de madeira, vestuário e mobiliário. Além de fabricantes de produtos elétricos, da informática, metalúrgica, química, mineração e metais.
Os cientistas ficaram supresos com o fato de que muitas das áreas com poluição elevada são regiões de classe média e alta, e não de nível mais baixo.
- Esses poluentes estão por toda parte. É preciso observar seus efeito de forma mais minuciosa.

Postado por Elizângela Lemes

Fonte: R7

sábado, 6 de novembro de 2010

Consumo Responsável: Cresce número de consumidores com foco em sustentabilidade

Com os avanços dos meios de consumo, o perfil do consumidor mudou. E ele passou ser chamado de neoconsumidor - aquele que surgiu com o advento dos canais digitais, que permitiram acesso global a marcas, produtos e lojas. Contudo, outras questões começaram a fazer parte das escolhas desses consumidores, as ligadas à sustentabilidade e ao consumo consciente.
Estudo da GS&MD - Gouvêa de Souza denomina esse novo perfil de metaconsumidor. Os pesquisadores identificaram que o metaconsumidor ainda está em seu estágio básico.
Contudo, ele já traz mudanças na dinâmica do consumo, alterando as estruturas de negócios, produtos, canais e marcas. "Toda a cadeia produtiva e de consumo enfrentará estas mudanças. Assumir o pioneirismo pode significar o sucesso", afirmam os pesquisadores no estudo.
Para eles, o crescimento dos metaconsumidores se dará de forma vertiginosa. Saber quem eles são e o que querem, dessa forma, ajuda a entender essa nova dinâmica.
Para traçar esse perfil, a GS&MD ouviu 8.500 consumidores de 17 países do mundo (Canadá, Brasil, Portugal, França, Reino Unido, Austrália, Estados Unidos, Argentina, Alemanha, Dinamarca, Espanha, China, México, Chile, Itália, Romênia e Turquia) em agosto deste ano.
Novas questões, um novo perfil
As principais mudanças que tornam os consumidores de hoje em metaconsumidores referem-se às questões da sustentabilidade, mesmo que elas ainda não sejam determinantes.
O estudo mostra que a sustentabilidade para os consumidores ainda se restringe à questão ambiental. Contudo, os brasileiros pagariam até 8% a mais para ter um produto sustentável, 44% adotam a sustentabilidade no dia a dia, 66% acreditam que faltam produtos nessa linha e 45% acreditam que sustentabilidade é consumir de maneira equilibrada.
No mundo, 40% dos novos consumidores compram de empresas social e ambientalmente corretas. Nesse quesito, as brasileiras lideram e 56% delas têm o mesmo comportamento.
No sentido contrário, 36% dos consumidores consultados evitam comprar produtos de empresas que não agem de maneira socialmente responsável.
Os metaconsumidores também acreditam que as empresas devem passar informações sobre consumo sustentável: 41% têm expectativa de que as empresas eduquem os consumidores nesse sentido. No Brasil, essa expectativa é maior e atinge 70% dos consumidores da classe B2.
Para 27% do total de consumidores consultados, as propagandas de produtos que assumem ser sustentáveis são confiáveis. No Brasil, esse percentual sobe para 45%, considerando os consumidores da classe B2, enquanto no México atinge 47%. Os produtos com elementos reciclados são os preferidos de 32% dos metaconsumidores.
Apesar de todas essas preocupações, os consumidores reconhecem que o consumo excessivo ainda faz parte de suas realidades, atingindo 14% dos pesquisados. No Brasil, esse percentual sobe para 19% entre as mulheres.
Internet como fonte de informação
O novo consumidor, preocupado com as questões ambientais, busca informações sobre produtos sustentáveis. E 63% dessa busca concentra-se na internet. A TV, os jornais e as revistas são utilizados por 52%, 47% e 35% dos entrevistados, respectivamente. Já 28% consultam a família e os amigos quando querem informações dessa natureza. O mesmo percentual busca esse tipo de informação por meio de selos e certificados.
As lojas e as redes sociais são utilizadas por 24% e 18% dos novos consumidores, nesta ordem. Mas 13% afirmam que ainda não se preocupam com esse tipo de informação.
Fonte: Só Noticias
Postado por Adriana Queiroz

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Minha Casa, Minha Vida 2 terá 400 mil moradias com energia solar

A secretária Nacional de Habitação, Inês Magalhães, disse nesta quinta-feira que 400 mil casas a serem construídas em 2011 dentro do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, terão energia solar. Ela participou do seminário Planejamento Urbano e Construção Civil Sustentáveis com Eficiência Energética para Áreas de Baixa Renda das Américas, nesta quinta-feira, no Palácio do Itamaraty, no centro do Rio.

"No próximo ano, vamos contratar mais dois milhões de moradias em todo o Brasil, sendo 1,2 milhão para famílias com renda de zero a três salários mínimos. As casas com esse perfil, construídas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, serão obrigadas a ter a energia solar para aquecimento de água, basicamente chuveiro, o que dá em torno de 400 mil casas", disse Inês. Ela lembrou que algumas casas, como as de Londrina, no Paraná, já possuem o sistema.

O seminário é promovido pelo Ministério das Cidades e o Ministério das Relações Exteriores, em parceria com Departamento de Estado, Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano dos EUA, American Palnning Association e apoio do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS).

A iniciativa para discutir sustentabilidade na construção civil foi proposta pelo presidente dos EUA, Barack Obama, durante a última Cúpula das Américas, em abril de 2009. As conversas ocorreram com o Brasil durante o Fórum Urbano Mundial 5, em março deste ano, quando o ministro recebeu representantes do governo de Obama. Depois, Inês Magalhães esteve nos Estados Unidos, onde apresentou o programa Minha Casa Minha Vida.


Postado por Adriana Queiroz

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Parque Nacional da Serra da Bodoquena começa a ser implementado

A administração dos mais de 76 mil hectares de terra que compõem o Parque Nacional da Serra da Bodoquena (PNSB) começa a ser debatida. Na última semana, foi instituído em Mato Grosso do Sul o Conselho Consultivo do Parque Nacional, que une órgãos públicos, proprietários rurais e sociedade civil para a efetivação da primeira Unidade de Conservação Integral federal do estado.

O Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul (MPF/MS), representado pelo procurador da República Emerson Kalif Siqueira, integra o Conselho Consultivo como membro titular. Para o procurador, dar seguimento à efetivação do parque é prioridade. “O Parque da Serra da Bodoquena foi criado há 10 anos e até hoje apenas 17% de suas áreas tiveram a transferência de domínio para a União efetivadas (regularização fundiária). Ainda que a preservação da rara faixa de Mata Atlântica existente no centro-oeste brasileiro constitua-se em dever legal independentemente de quem titularize a área (se o poder público ou proprietário privado), é preciso dar seguimento à implementação da unidade de conservação.”

Das 47 propriedades rurais que compõem o Parque Nacional, nove já foram adquiridas pela União, totalizando 13.584,66 hectares. Há ainda 20 processos em andamento no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para fins de regularização fundiária, sendo que a metade deles está parada por documentação incompleta. A próxima reunião do Conselho Consultivo, agendada para 7 de dezembro, no Município de Jardim, irá debater este assunto.


Raridade
O Parque Nacional da Serra da Bodoquena abrange os municípios de Bonito, Bodoquena, Jardim e Porto Murtinho e é o único Parque Nacional situado exclusivamente em território sul-mato-grossense.

Localizado no Cerrado, ele possui influências do Pantanal, do Chaco e da Mata Atlântica. O PNSB protege uma área de transição importante e rara no Brasil e engloba a cabeceira de rios regionalmente valiosos, como o Salobra, Perdido, Formoso e da Prata, cujas águas vertem para rios federais. A peculiaridade da região é representada também por uma fauna exuberante.

Segundo Avaliação Ecológica Rápida (AER), realizada pelo ICMBio, é possível encontrar na região onças, veados, tatus, catetos, macacos-prego, gato-palheiro, cachorro-vinagre, entre outros mamíferos. Foram registradas, ainda, quase 400 espécies de aves, duas novas espécies de peixes e espécies raras de répteis e anfíbios.

Na região há também indícios da existência de grandes sistemas de cavernas inundadas e resquícios de fósseis de 12 a 20 mil anos, que conviveram com seres humanos na última glaciação.

Inquérito Civil
No âmbito do MPF/MS foi instaurado o Inquérito Civil nº 1.21.000.000736/2007-87 exatamente para “apurar os entraves para a regularização fundiária do PARNA Serra da Bodoquena, tais como a morosidade na aquisição dos imóveis particulares inseridos na área do parque”, no qual se busca reunir dados e documentação acerca da implementação total da unidade de conservação e cobrar do ICMBio mais agilidade no cumprimento de suas obrigações enquanto órgão público responsável pela gestão do parque.

Texto: Assessoria MPF/MS

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Mais de 70% do desmatamento amazônico vira lixo

Nada de móveis, portas ou cabos de vassoura. De cada dez árvores derrubadas na região amazônica, sete vão para a lata do lixo. De acordo com estudo do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), a maior parte da madeira é simplesmente descartada como resíduo.
O principal problema é o processamento dessa madeira. Feito praticamente de forma artesanal e com baixa tecnologia, apenas 30% das toras é aproveitado. Essa fatia representa a parte mais nobre da árvore.
O resto, na forma de serragem e de sobras, é descartado. Segundo Niro Higuchi, coordenador da pesquisa do INPA, é fundamental melhorar o rendimento da floresta. Não basta apenas estancar o desmatamento, por exemplo.
O pesquisador ainda aponta outro motivo para o baixo aproveitamento da madeira: ela é muito barata no mercado local. “É possível comprar um hectare de floresta por R$40, disse à Folha.
De acordo com a Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará (AIMEX), não é bem assim. O preço médio de uma árvore varia entre R$90 e R$360, dependendo da espécie.
“A madeira aqui na Amazônia é realmente barata. Mas não é só isso. Ela é explorada de maneira desorganizada”, alerta Rosana Costa, engenheira agrônoma do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).
A desorganização dessa exploração não é um problema exclusivo das grandes cidades, que transforma árvore em lixo urbano. Ela afeta também comunidades ribeirinhas – afinal, alguns núcleos incrustados na floresta sobrevivem do processamento de madeira.
Nessas comunidades, todo resíduo é despejado nos rios. “Na água, a serragem pode fermentar e soltar os produtos químicos que foram passados no tronco. Isso causa a morte do rio, como aconteceu no rio Trairão”, alerta Rosana.
O objetivo do INPA é reverter, em cinco anos, essa porcentagem, passando a aproveitar 70% da madeira derrubada. O aumento da produtividade acontece em duas etapas.
Na primeira, aperfeiçoa-se a técnica e a tecnologia da indústria madeireira, como o modo de cortar e as lâminas utilizadas.
Em seguida, é a vez dos resíduos. A serragem gera energia em termelétricas. E as sobras, finalmente, podem virar móveis, portas ou cabos de vassoura.
Para Niro, os resultados em laboratório foram animadores. Com isso, já foi firmado convênio com uma madeireira de Itacoatiara (região metropolitana de Manaus) e a aplicação do projeto deve começar até o fim do mês. (Fonte: Bruno Molinero/ Folha.com)
Retirado de http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2010/11/03/62394-mais-de-70-do-desmatamento-amazonico-vira-lixo.html

Postado por Adriana Queiroz